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Dados da Via Rio de Janeiro > Rio de Janeiro > Pão de Açúcar > Chaminé Gallotti

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Chaminé Gallotti. Foto: Miguel Monteza
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Daniel Araújo na Chaminé Gallotti. Foto: Mauro Chiara.
Chaminé Gallotti
Croqui elaborado por Miguel Monteza, após a reforma da via em 2018. As marcações em vermelho foram as paradas efetivamente empregadas.


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5º VI D3 E3
Cadastrada por: Marcel Leoni, em 24-04-2019 às 15:16
Alterada por: Luciano Bender, em 26-04-2023 às 18:05
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Face: sul
Tipo de escalada predominante: chaminé
Extensão: 280 metros
Descrição: A Chaminé Gallotti é uma via lendária do Rio de Janeiro, uma conquista de 1954, mas até hoje pode ser considerada um desafio aos escaladores. Ela é completa, com lances de chaminé, agarras, fendas e diedro. Como é relativamente longa e exposta, o escalador precisa estar com o preparo físico e o psicológico em dia. Ela fica localizada na face sul do Pão de Açúcar, mais especificamente no Totem, sendo uma ótima opção para quem busca fugir do sol. Em caso de chuva, a Gallotti pode demorar um pouco para secar, principalmente durante o inverno. Para acessar a sua base, é preciso entrar na Pista Claudio Coutinho, no canto esquerdo da Praia Vermelha. A entrada da trilha é discreta e fica praticamente no final da pista. Uma boa referência é uma lata de lixo e um bloco de pedra no canto esquerda da pista. A entrada fica exatamente passando por cima desse bloco de pedra, seguindo para cima e passando por alguns boulders. Essa trilha segue por alguns blocos de pedra pequenos até chegar próximo da parede do Pão de Açúcar, onde é preciso seguir pela esquerda por um bosque relativamente aberto.

Obs: seguindo pela direta, fica a base da Alfredo Maciel e, caminhando um pouco mais, as vias Ás de Espadas e Coringa. Seguindo pela esquerda, fica a trilha para o Totem. A trilha nesse bosque é relativamente bem definida e segue sempre subindo em direção ao Totem, mantendo uma certa proximidade com a parede do Pão de Açúcar. No final dessa trilha vai ser possível identificar a base da Chaminé Gallotti.

A primeira enfiada é uma canaleta muito fácil e suja, passando por uma proteção fixa e depois segue até um platô de terra com uma árvore. A P1 pode ser feita nessa árvore.

A segunda enfiada segue por lances fáceis de agarras, passando por alguns blocos até um platô com uma parada dupla (P2).

A terceira enfiada segue por lances mais delicados em agarra, com dificuldade em torno do quinto grau, para depois entrar em um sistema de chaminé longo, passando entre alguns blocos entalados, até a uma parada dupla (P3).

A quarta enfiada começa com uma travessia para direita, saindo do sistema de chaminé e seguindo em agarras pela face da montanha, passando por alguns platôs até uma parada dupla (P4).

A quinta enfiada é o lance do estribo, onde a proteção pode ser melhorada com proteções móveis nas fendas, um Camalot #.75 e o #3 podem ser utilizados nesse lance. Essa enfiada é muito curta e termina poucos metros acima em um platô com parada dupla (P5).

A sexta enfiada é longa, ela começa por uma um sistema de chaminé, depois é o famoso lance da oposição da meia-lua e, na sequencia, segue por um sistema de fendas até um platô na base da chaminé na Gia, onde é preciso fazer uma parada em móvel (P6).

A sétima enfiada é a temida chaminé da Gia, ela deve ser escalada de costas para o mar e começa fácil, mas depois fica estreita, o que pode dificultar um pouco. Essa enfiada pode ser finalizada em uma única chapeleta Pingo na parte externa da parede, ou seguir direto para o cume. Caso a opção seja seguir direto para o cume, é interessante usar costuras bem longas para evitar o arrasto da corda.
Depois basta fazer uma curta trilha até o cume do Pão de Açúcar, descer de bondinho até o Morro da Urca e por fim descer a trilha para a Pista Claudio Coutinho.

Abaixo, o relato (adaptado) de Emerson Gaier sobre sua escalada da Chaminé Gallotti, em 24/08/2018:

"1ª enfiada
- Enfiada fácil, iniciando em um I grau de terra com folhas e pedras. Logo depois do 1 grampo, inicia-se a escalada em blocos de pedra. Enfiada bem tranquila.

2ª Enfiada
- A enfiada inicia com um lance técnico de V Grau de agarrinhas (sobe pela direita e dá uma passada para a esquerda) e, depois, uma chaminé rasa e domínio. Logo após, tem um domínio em uma árvore, entrando em uma chaminé relativamente longa. Fizemos a chaminé de costas para o mar. No final, tem uma pedra encaixada em uma laca. Tem que ter um cuidado para sair da chaminé e entrar na laca para, depois, subir no bloco.

3ª Enfiada
- Enfiada curta em chaminé, como demonstra o croqui, com cerca de 15 m. Inicia de cima do bloco encaixado na laca, realizando uma chaminé de costas para o Pão de Açúcar, seguindo em horizontal até um outro bloco. A partir daí, vira-se de frente para o Pão e sobe, passando ao lado de um bloco e se chega à parada.

4ª Enfiada
- Inicia-se com um deslocamento para a direita, subindo uma laca. É um lance de V grau de agarras, com boa mão esquerda. A enfiada termina com um domínio de bloco muito exposto.

5ª Enfiada
- O lance de VI sup pode ser feito em artificial móvel (Camalot #2 ou próximo). Escalada fácil, mas em local bem sujo, cheio de terra. Cuidado com um buraco bem junto a pedra.

6ª Enfiada
- Enfiada que inicia entrando em uma chaminé, de costas para o mar, bem pela esquerda. A subida é em diagonal para a direita até o 1º grampo. Pode ser interessante costurar uma pedra antes de sair da chaminé para a subida lance em oposição, com grampeação distante. Depois, segue por uma escalada de agarras, de IV grau, faz-se uma horizontal pequena para a direita até um grampo e inicia-se uma fenda de meio corpo, até a passagem para a Stop (chaminé do L). Sobe-se em chaminé, usando uma fenda para os pés, até a parada em proteção móvel, em um platô.

7ª Enfiada
- Inicia-se em uma chaminé bem à esquerda, após subir em um bloco. Escala-se em diagonal até chegar no 1º grampo. A partir daí, segue-se para cima e para direita, bem apertado até a aresta do Totem (Gia). Chaminé muito apertada, mas com boas agarras de mãos e de pés. Depois, sobe-se em agarras até o lance final. A partir da parada final, segue-se por um trepa-mato até um local cheio de bambus, próximo à construção do bondinho."
Fonte:

Equipamento mínimo necessário:
  • Uma corda de 50m (duas ajuda bastante caso precise rapelar), camalot #4 e stoppers grandes.
Data da conquista: 1954
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